23 de maio de 2008

Redenção, Renascimento, Emoção e Liberdade.


E nos meus tempos mais perdidos.
No meio dos poéticos labirintos de dentro.
Enquanto olhava meu reflexo na lua.
Um poema dos mais belos chegou a mim.
Me possui com tanta força, que sou incapaz de expressar sua totalidade.
É como as ondas do mar, indo e voltando calmamente.
Como um leve vento frio na face.
O calor do sol no corpo gelado.
Terno como um abraço de mãe.
Emocionante como lágrimas felizes no rosto.
É desejado como a liberdade.
É sentir o perfume mais sublime.
Como correr sorrindo sem saber para onde.
É como ser criança rindo ingênuo novamente.
É como a paz de observar o mar.
E hipnotizante como o nascer do sol.
É estar apaixonado pela vida.

Me faz entender, por que viver para sempre.
Me faz querer nascer de novo.
E perceber que acabo de faze-lo.
É ver que a vida é inexplicavelmente bela.
Que o amor existe.
Que viver valeu a pena.
E que não importo em morrer.
Se assim eu continuar para sempre.
Me faz perceber que o infinito é hoje.
Me faz lembrar de tudo com um imenso prazer, e ter vontade de viver tudo de novo.
Das épocas em que eu era puro, e ingênuo. O mais próximo de mim que já estive.
Me faz querer gritar.
Me faz querer (e poder) voar.
Me faz querer amar.
Absurdamente e sem limites até o fim das minhas forças.
Me faz querer abraçar você, sem nem saber quem você é.
E eu posso escrever por toda a noite, sem que eu consiga explicar,
E sem que esse choro de emoção desentale.

Que fique então aqui registrado, a pequena passagem do vento da liberdade.

16 de maio de 2008

Somos Todos Um.


Somos 6 Bilhões.
Igualmente solitários
na busca por nós mesmos.
Iguais na sina e na esperança
de não saber quem somos
vivendo presos em nós
sonhando em liberdade.
Iguais nas dores que se acumulam com o tempo.
Iguais até na hipocrisia de esquecermos que somos iguais.
Iguais em querer ser diferentes.

6 Bilhões de corações carentes.
Iguais em acreditar no amor
e em desiludir-se.
Idênticos em continuar acreditando.
Iguais em se vislumbrar pelo pôr-do-sol.
Em se perder na imensidão do céu.
Estamos todos juntos querendo ficar sozinhos.

Somos todos iguais
Somos da mesma matéria
Somos todos um
Iguais em nada saber
Iguais em tudo sentir

6 Bilhões de homens perdidos
e confusos.
Perdidos na ilusão do mundo que criamos.
Iguais na busca pela verdade.
E igualmente afastados dela.
Andamos todos pelo mesmo chão.
Olhamos todos o mesmo céu.
Choramos todos as mesmas lágrimas salgadas e todas pelos mesmos motivos.
Somos os mesmos na aventura de viver
iguais na busca de um porquê.
Os mesmos nas crianças que fomos, nos homens que somos, nos velhos que seremos.

Mas, absolutamente, somos iguais em sentir.
Sentimos, porque nos aproximamos de nós.
Sentindo, porque não podemos evitar.
Sentimos, porque é o que fazemos melhor.
Sentindo, porque não há sentido em ser, se não houver o sentir.
Sentindo até que se finde
A infindável busca de si.

Sentindo até que voltemos a ver.
Somos Todos Um.