8 de julho de 2008

Versos Velhos.

Li meus versos velhos.
De um caderno rasgado.
Envolto em poeira, e cheio de sentimentos secos.
Que ficaram ali grudados, eus que eu me esqueci de lembrar.
Parte de mim que ficou no caminho.
Parte de eu que deixei no papel.
Fato é que fiquei mais velho.

Vi que já falei muito.
Que fiz poemas gritados, num grito de eco fraco,
gritei e o som se perdeu no nada, nas minhas velhas revoltas sem ação.
Já fui um apaixonado cego, já fui um apaixonado louco,
um homem fraco demais pro mundo,
e o homem que mudaria o mundo.
Escrevia uma paixão que sabia que acabaria.
Falei de mágica sem conhecer.
Falei de mim sem me saber.
Falei de um mundo, que hoje, ainda bem, não posso mais ver.
A voz do pássaro que não saia do chão.

Quando é que olharei poemas como este, e terei a mesma sensação?
Quem eu serei depois de mais uma parte do meu destino?
Que homem olhará para trás e verá a criança que agora escreve?

O Futuro às vezes me hipnotiza.