Estamos todos mortos.
Falta-nos o básico,
Excedemo-nos do banal.
Os corações batem,
Rítmica, frenética e produtivamente
no mundo moderno.
Como uma grande fábrica de sangue,
caquética e seca no sentir.
Devemos admitir, estamos mortos.
Os eus que somos, o mundo os criou.
Ou nós os criamos para o mundo.
O sopro de vida dorme nos eus que somos,
na verdade dentro de nós.
Tão visível e distante quanto o céu.
E igualmente só pode ser alcançado voando.
Mas ainda não, a existência humana pesa.
Nossos pedaços de culpa, rancor, soberba,
preconceito e individualismo são ancoras.
Nossos egos correntes.
Não podemos voar.
Estamos mortos. E presos ao chão.
Devemos viver, por enquanto, assim só humanos.
Talvez um exercício, para reaprender a voar.
[Talvez seja o primeiro passo. Admitir a queda.
Admitir os limites da morte.
E acreditar que viverei novamente.]
Admitir os limites da morte.
E acreditar que viverei novamente.]