12 de fevereiro de 2008

Mesmo que só às vezes.

O meu Deus.
Tenho não sido eu há tanto tempo.
Tenho me prendido tanto, a tanto do que não importa.
Tenho negligenciado ajuda a tantos, e ao contrário os tenho machucado.
Tenho perdido a ingenuidade simples da natureza.
Tenho perdido o ser, só por ser.
Tenho criado descrença, em vez de fé.
Tenho feito crer que não se pode mudar o mundo.
Tenho me esquecido de mim, dentro de mim. O melhor de mim.
Tenho esquecido junto comigo, o invisível do mundo, o indispensável.
Tenho errado tendo consciência dos erros.

O meu Deus.
Mas eu ainda estou aqui.
E às vezes posso ser/sentir o vento.
E às vezes ainda posso usar as palavras como instrumento de harmonia.
E às vezes ainda consigo fazer chorar de emoção.
E às vezes ainda consigo diminuir dores.
E às vezes ainda consigo renovar fés.
E às vezes ainda consigo ensinar.
E às vezes ainda aprendo com a natureza.
E às vezes ainda consigo me sentir um com o mundo.
E às vezes ainda sou amor.
Às vezes... Só às vezes.

Mas mesmo que só às vezes.
Eu ainda sou.
E mesmo que só às vezes, vou tentar mudar o mundo.
E mesmo que só às vezes, vou amar de verdade,
acreditar sem duvidar, ajudar sem perguntar,
viver com amor, ser feliz sem porquê,
dar a mão, oferecer um abraço,
encorajar, fazer mudar, fazer sorrir,
rir, ou gargalhar.
Mesmo que só às vezes, vou acreditar que posso.

[A pior "poesia" dos ultimos tempos.]

Um comentário:

Sinestesia disse...

"fazei de mim instrumento de vossa paz"
Assim somos, ferramentas.
assim seremos construtores.
"Porque aquele que se dirige a mim em nome de meu filho, parte de mim será"