Talvez Poesia
27 de dezembro de 2008
Crônica de um dia na água
Contam que há muito tempo o céu se apaixonou pelo mar.
Desde então sempre que sente saudades, o céu faz chover no mar.
E assim, só assim podem os dois amantes se tocar.
Provando que o amor é possível, até mesmo quando impossível.
19 de dezembro de 2008
Capítulo 4: Reaprendendo a andar.
Paz e integridade, santuário interno.
Serenidade, dádiva humana, tesouro perdido.
Dos buracos que tinha cavado em minh'alma procurando o tesouro,
só quando os preenchi novamente o encontrei.
Voltei a andar.
Voltei a serenidade do viver e ponto.
Acreditei em mim, redescobri que ainda acredito em muito.
Voltei a andar.
Pisei nas nuvens novamente.
Lembrei que um passo sempre precede o outro, e que depois virá mais outro.
E que o caminho se fará.
Que a certeza sempre volta, e aponta direto pra dentro.
Há mágica no vento de novo.
Há maravilha no simples.
Há paraíso no silêncio.
Há amor no dia-a-dia.
Mas minh'alma ainda manca.
Cambaleia. Estremece. Pende.
Mas já não cai.
Vou reaprendendo a andar.
Agradeço e agora sei que a queda fez sentindo.
Cair voando para perceber que não se sabe nem caminhar.
Estou no caminho novamente,
sou santuário, amor, paz, sutileza e simplicidade
num simples respirar.
Deixe que a vida faça-se a si mesma.
Permita-se apenas viver.
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