23 de novembro de 2008

Em que vaidade você se mantém?

Não, não me diga quem és.
Apenas me diga onde dói.
Por que isto o identifica.
E assim é.

"Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"
Apenas me diga qual sua dor e em que vaidade você se mantém.
Por que este é você,
assim simples é a verdade.
Somos a vaidade que escolhemos para nós.
Somos aquilo que dizemos para nos que somos, para que não admitamos aquele que realmente somos.
Admitir seus próprios buracos sem poder preenche-los seria fraqueza,
e fraqueza é inadmissível, por que num mundo de fracos é inaceitável que não se seja forte.
Então pareça! Pareça ser.
Por que ninguém se importa com que você realmente é.

Há um eu ai dentro, vestido de vaidade, envolto em orgulho, escondido no medo.
Nos protegemos uns dos outros dia e noite.
Mentimos quando dizemos "tudo bem"
Somos simplesmente incapazes de assumir a fraqueza.
E assim o seremos.
Nos esconderemos na beleza, na riqueza, na inteligência, no humor, na poesia ou ainda na violência.
Mas nunca, jamais seremos nós mesmos!

Isso não!
Ainda não foi permitido.
Ponha sua máscara, o baile começou.
Ponha sua máscara pois o mundo é teatro e tu a de representar.
Esconda-se de você , em você mesmo enquanto ainda é tempo, antes que a máscara caia e você fique nu. Apenas com aquele que tanto negas que és.
Esconda-se enquanto há tempo.

Não seja você, seja aceito.

3 de novembro de 2008

Capítulo 3: A Cura

Voe baixo meu coração,

Voe apenas o quanto pode,

Enquanto se cura,

Ate que se cure.


Que aprenda a por aqui viver,

Onde por enquanto é seu lugar.

Fique por aqui, porque aqui você se encontra,

Ate que você se encontre.


Quando te encontrardes sorria,

Apenas brevemente,

Ate que tenha certeza que não te perderas novamente.


Aproveita tua estadia,

E aprenda,

Porque aquele que quiser ser o primeiro,

Que seja então o ultimo de todos.


Mas por enquanto, não te aflijas.

Apenas voe baixo, e descanse.

Teu caminho a ti virá novamente.