6 de março de 2010

Que fazer?

Revendo a fé, reavendo conceitos, revirando-me.
Me remexo tanto, que nessa confusão de existir perco alguns pedaços de mim,
só para acha-los depois e não saber mais de onde vieram.

Procuro em mim, o que falta no mundo.
Na utopia ingênua de que possa mudar qualquer coisa.
Ainda assim renitente repito meu "devo fazer"
sempre sem saber o que.

Os buracos deixados no mundo não me contém.
Não me tocam. Mas me angustiam.
Nesse quefazer pouco definido, ainda falta a definição de mim.

Que se fará primeiro? Eu ou a solução do mundo?
Minha ação poderá esperar o meu rencontro de mim?
Sonho que nasceu morto? Ingenuidade adolescente?

Ô Deus, ando tão perdido, na procura de seu encontro.

Mas ainda sonho toda noite com minha utopias.
E em minha cama quente sempre acho que devo tentar.
Mas o vento frio da vida que criamos, sempre me lembra a minha falta de coragem.

Ô Deus, ando tão confuso, nessa ambiguidade entre sobreviver e viver pelo mundo.

Mas ainda sonho toda noite com minha utopias.
Acredito, mesmo sem lógica ou razão, que serei capaz daquilo que eu ainda nem sei.
e o mesmo medo sempre me acorda.

Ô Deus, ando tão sonhador, e tão imóvel.
Ô Deus...

Um comentário:

Lucca Mendonça disse...

Gosto do teu estilo
Gosto das tuas palavras; elas fluem pela minha leitura com uma suavidade sem igual. É diferente, é melhor do que o comum e passa, repassa, como se fosse a coisa mais simples do mundo escrever poesia. Se bem que deve ser. Para você.
Parabéns pelo blog e pelas poesias; já 'te sigo' há um tempo e venho notando que, talvez, as coisas escassas sejam realmente melhores.
Obrigado por alegrar, deprimir ou, simplesmente, continuar meus dias.
Novamente, parabéns.

Fica um abraço sincero de um desconhecido mais próximo, talvez, do que muitos conhecidos.