19 de fevereiro de 2009

Epifania

“Amor – Tente se livrar dos conceitos preestabelecidos para “amor” e procure uma concepção pessoal. Procure manifestações de amor em outros níveis da natureza, como nos reinos vegetal, animal e mineral. Escreva sobre o assunto.”

Jogo do Eu – R. D. Silva.

2007, uma tarde quente...

Onde está o amor?

Andei procurando por ele,
tentei procurar senti-lo
talvez senti onde estava.
Ai pensei (ou será que senti?):

Disseram-me uma vez,
e por tempos julguei verdade,
que o amor é aquele momento em que uma pessoa diz,
e outra escuta um “eu te amo”.
Assim aprendi que o amor era como uma planta.
Precisava.
Precisava de cuidados.
De pessoas certas. As vezes escolhidas, talvez predestinadas.
Precisava de carinho, afinidade, paixão e seja lá o que for.

Não!
O amor na verdade, só não precisa.
Independe.
Só existe.
Qualquer momento.
Qualquer lugar.
Todo indivíduo.
Tudo.
Talvez só um fator restrinja o amor, a vida.
Só há amor onde há vida.

Ah! Mas como essa é abundante.
Mesmo quando julgamos seu fim, ela continua.
Até no que julgamos mínimo,
há vida.
Até no inanimado,
há vida.
Lembranças tem vida.
Pensamentos tem vida.
E onde há vida, há amor.
Está em tudo, que são todos.

E a vida e amor estão sempre tão entrelaçados que se confundem.
Onde começa a vida, quando termina o amor?
Vida sempre houve, amor sempre haverá.
Mas só há vida, onde há amor.

Não tem começo, não tem fim,
não tem limite.
Só tem amor. E vida.

Viva!