2 de março de 2016

(sem título)



minh’alma sobre a sua
a matéria e o imaterial se apaixonam

seus lábios nos meus
me embebedo de você
passo um pouco da conta

o segundo da separação breve
calafrio do vazio deixado
o desejo do retorno

das janelas da alma irradiam-se sentimentos
tambores que assumem no peito
batidas de vida na velha engrenagem de sentir

o silêncio

a paz tenra e calma
o acalanto no espírito
sorriso

o seu calor enquanto me rasga a razão
despindo meu corpo

o desejo

luz que desvanece o incerto de amar
certeza corajosa para o porvir
e mais uma vez o silêncio
como o das frases de amor ditas no olhar