5 de junho de 2008

Correndo a Vida.

Me impressiona a dificuldade do homem de adaptar-se a própria vida.
Estuda, casa, dinheiro, trabalho.
E pensa?
Corre, tempo, data, empresa.
E sente?
Deseja muito mais do que por tempo realiza.
Sua vida é mais que ele mesmo.
A vida sem sentido.

No sinistro ciclo vicioso de correr a vida,
só pensa com tempo,
só tempo com dinheiro,
mas com dinheiro sempre sem tempo.
Somos homens sem sentido, numa vida sem tempo,
de bolsos cheios de dinheiro.

Quem somos se não paramos para saber de nós.
A velha ligação ser-estar passou agora a ter-estar.
Quando é que viveremos com tempo para viver?

Ah! Mas vamos parar de bobagens, por que não é tempo,
de se ter tempo para a arte.
É tempo de se morrer sem ter vivido.