9 de agosto de 2009

Improcurável.

Passei horas procurando por uma verdade qualquer que me apeteça.
Depois da tempestade da falta de sentindo
As máculas que fizeram são sanguessugas de palavras.
São Crédulas Rápidas Férteis.
Mas não suprem.
Esvaziam tudo e a si mesmas.
Na busca do meu sentindo real.

Na busca do meu sentindo real procuro.
Uma placa Um dedo Um guia.
Esqueço-me de que me sei guiar.
Por que já não sinto os pés. E nem vejo o chão por onde voô (Ou tento Ou quero).

Me sinto diverso, inverso. Travesso de qualquer falta de tudo.
De qualquer palavra que me acalme a alma.
Que me cale o sentindo.
Que me deixe o sono.

Procuro o inalcançável o jamais encontrado sentindo de tudo. Sentido de mim.
De nós E do resto.
Me perco Por que não há saída.

Procuro. O improcurável.
Dê-me a verdade. Tire-me tudo. Mas dê-me.
A que ninguém teve. A que Emudece Estremece Balança e Derruba o mais forte.
A resposta a Formidável Fatal Frivolidade da Pergunta mordaz
Quem sou?

3 comentários:

Sinestesia disse...

"Quando o dedo aponta para o céu o idiota olha para o dedo."

Sinestesia disse...

O mundo é vivo, existe nele uma vida muito maior que a nossa, que pode nos engolir. Uma vida que nos puxa, nos obriga e nos exige. Por mais que seja rei ou plebeu, será obrigado de forma diferente, mas de qualquer forma, será exigido. Existe um mundo vivo lá fora que não é ninguem e ao mesmo tempo é todo mundo. Alguns desafiam a enfrentá-lo, e quando vitoriosos, o mundo se mostra com outra ferramenta astuta, ele se transforma, acaba virando um mundo diferente, mas ele continua ali, imperioso. Outros simplesmente o segue, conformados com a existência das coisas como são, e as coisas que acham absurdas, simplesmente rezam ou então esperam que nao aconteçam ao seu redor. Costumo me perguntar, então, se este homem abandona sua vida, o que este mundo pode fazer a seu respeito? Nada, absolutamente. De toda forma mal sabe o homem a autonomia e a liberdade que se pode ter, que pode ser livre, que pode simplesmente dizer, eu tenho a vida ao mesmo tempo em que ela me tem, afinal, coloca-las em conflito é tempestuoso.
Assim seguem com suas ilusões, ou o que eu as vezes gosto de pensar como sendo pequenas verdades, sao sentimentos que tocam as suas vidas, sao momentos em que essas pessoas realmente sao donas de si, simplesmente porque se admitem como alguem, como um alguem importante em suas vidas. Ainda sim o mundo aparece, ora privando, ora contribuindo, como uma amante geniosa que faz planos para seduzir e possiur por completo o seu amado, e assim, caem presos denovo.
Uma mente louca, porem nao totalmente insana, poderia dizer que é Deus, pois começa a perceber que ela quem constrói este mundo. Sim, somos deuses, os deuses percebem que nao falo deles, energias, mas falo da nossa capacidade de abraçar a vida.
Não são todas as almas que passaram pelos meus olhos as quais eu vejo um parto, um abraço à vida, a capacidade de enxergar-se como Deus...
Compartilhar coragem, da força ou talvez da paixão pela vida, de fazer transformar, de acreditar em sonhos, de realizar... De saber que não é este mundo que não é justo, as pessoas nao são justas, mas a que pessoa culpar? É, nao existe um culpado, mas nós existimos...
Que deseje entao a tranquilidade, que é a percepção de como podemos estar bem e como podemos transformar, com trabalho, dedicação e concentração.
deseje a sabedoria, é o carinho que se tem com o mundo, de poder perceber que o mundo mesmo nos ensina a vida, extremamente complexa, em seus ciclos mais simples.
Deseje a liberdade, essa não cabe definir, apenas estenda os braços...

Dodô disse...

Sim, nós temos uma ideologia. Mais que isso, buscamos um sentido para nossas vidas. Procure, pense e, sobretudo, sinta, sinta, sinta. Um sentido que não seja pré-determinado. Tentemos escapar à mecanicidade que este mundo exige que tenhamos. Sejamos ser o que devemos ser. Tentemos ser o que sentimos ser. Quem somos nós? Sim, nós temos uma ideologia.