21 de dezembro de 2007
A Morte, A Dor, O Fim e A Lágrima.
Indesejada dos homens, (como disse o poeta)
Sempre chega.
Sem desculpas, nem porquês.
Sempre soubemos dela, mas não há palavra no mundo,
que descreva a dor de sua chegada.
A dor de amigo.
Quando chora em meu ombro,
e nele se apóia por não ter no mundo apoio outro.
Ninguém sabe o que dizer,
ninguém sabe nada.
Contudo no momento molhado daquele abraço,
triste, incompreensível e completamente isento de sons,
são ditas as maiores palavras de reconforto,
e ouvidos os melhores conselhos.
E choramos a dor de tudo.
Dor universal.
Não há quem não conheça e nem entenda.
O fim.
E é só.
A morte veio, vem e virá.
Jamais entenderei, não importa minha crença.
Só posso o que todos fazem.
O silêncio.
Ofereci meu abraço.
Disse "Te amo, estou aqui".
E Fim.
Lágrima de amigo.
Todos entendem, o mais puro entendimento do silêncio,
o mais dolorosa sensação de vazio,
o coração explode em lágrimas,
das palavras novamente silêncio.
Só resta o apoio e a inescrupulosa sensação de fim.
Não há quem não entenda a perda.
Não há quem compreenda a morte.
Não há quem não tenha experimentado a dor.
No fim, só restam abraços salgados de lágrimas.
Em todos os fins, inclusive.
2 de dezembro de 2007
Então é natal...
E minha cidade brilha,
Cheia de luzes, propagandas, e lucros.
Musicas bonitas, comerciais filosóficos, e bolsos mais cheios.
Mas minha cidade brilha, cheia de luzes.
Os comerciantes sorriem, e seus olhos brilham.
As famílias compram, e suas mesas brilham.
Lojas infantis ganham crianças de presente, e as crianças brilham.
Esta tudo aceso.
Mas tem alguém que não brilha.
Há um homem cinza.
Tão cinza quanto a calçada em que vive.
E os cânticos não o comovem,
As propagandas não o atingem.
E por controversa que é, nem a caridade natalina.
Oh natal, como brilha!
"Jingle Bells, Jingle Bells"
20 de novembro de 2007
É como o vento.
4 de novembro de 2007
Eu Prefiro a Vida.
Eu prefiro a vida,
e a utopia.
E vivo com amor,
e com intensidade.
Prefiro a morte certa porem ativa,
que a vida longa e entediante.
Antes ao pé do furacão com coragem, do quem em casa com medo do frio.
Antes lutando por idéias impossíveis, do que se conformando com as absurdas.
E viverei assim, acreditando no impossível,
amando e fazendo,
por que os sonhos estão ai pra se tornarem reais,
e a felicidade ai para ser vivida.
E viverei vendo a beleza de tudo, e celebrando a felicidade.
Viverei no impossível tornando sonhos reais e
serei feliz, ainda que louco.
Eu prefiro o vento nos cabelos, a poltronas macias.
Eu prefiro sapatos gastos, a portas bem fechadas e seguras.
Eu prefiro natureza, a fotos bonitas.
Eu prefiro algum resultado, a excesso de cautela.
Eu prefiro as estrelas, a um teto seguro.
Eu prefiro amar (alguém), ao invés de ter.
Eu prefiro a vida, a falta de emoção.
15 de outubro de 2007
Amar sem ter.
morreu.
A mesma que julgava eu ser amor.
E por tempos, julguei amar aquela paixão.
Mas acabou.
Meu coração volta ao ar.
Eu era, no fim, mais apaixonado pela idéia de amar,
que por você.
Meu coração tinha um vazio,
que era pra mim, saudades.
Mas não.
"Temos que ouvir a voz de nossos corações,
mas se o coração doí, é por que alguma coisa esta errada"
Foram as palavras de um sábio uma vez.
E assim foi, por que o vazio não era saudades.
Era você.
Mas não estou triste, minhas lágrimas por você já choraram a muito tempo.
Estou feliz, por que agora sei.
Você não é pra mim.
Então aprendi a ama-la de verdade.
O amar, amar.
Puro e sem aditivos.
O amar sem ter.
E é só amar... Amar você.
12 de outubro de 2007
Uma pitada de pirlimpimpim.
e o céu era alto demais pra mim.
Já fui uma criança crescida,
e as brincadeiras se degeneraram
junto com meu corpo na minha velhice precoce.
Já fui um homem de mil faces,
e perdi a minha própria nessa confusão.
Eu já fui menos feliz, e mais machucado,
com as minhas feridas que não fechavam.
Foi então que eu conheci o Pan.
O meu amigo Pan.
E com uma pitada de pirlimpimpim,
eu voei.
E voei alto!
E foi nesse vôo de emoções explosivas,
em alturas de amor.
Que eu me encontrei,
e minhas feridas aprenderam a se fechar.
Foi voando que eu aprendi a enfrentar o Gancho,
e vencendo, rejuvenesci.
Minhas máscaras eram pesadas demais pra voar,
e ficaram no chão.
"Você pode voar sempre que quiser"
"Pense em uma coisa boa que você voa!"
E foi assim que me tornei um pássaro com asas.
E nunca mais esquecerei meu amigo Pan.
Um eterno Obrigado.
A todos aqueles que aprenderam que a fonte da juventude se encontra dentro de nós.
Um Feliz dia das Crianças!
29 de setembro de 2007
Minha mãe, meu orgulho.
E se faz.
23 de setembro de 2007
Infinita poesia.
eu perdi ontem.
E ele era lindo,
Tinha todos os sentimentos
Me tinha e tinha você,
Tinhamos nós, e nossas sensações.
cada sentimento,
cada momento,
cada sensação.
Todas as lembraças,
e minha vida inteira,
e o meu coração.
Minhas asas.
Nossas asas.
Todo meu amor,
e todo amor do mundo.
6 bilhões de abraços.
A saudade dos distantes,
e a alegria pelos que chegaram.
Aquele foi o meu mais belo poema.
Foi um, mas foram todos.
Uma pena, que ele tenha se perdido,
nas várias batidas do meu coração,
que explodiram minha alma,
nessa imensa confluência de todos os sentimentos.
16 de setembro de 2007
Precisa-se.
me disse a placa
Mas não disse tudo.
Precisa-se de menos escolas de gente menos informada de politicos mais espertos de homens sem vida de tempo precisa-se de advogados menos honestos de dinheiro e dinheiro uma engrenagem não roda sem a outra precisa-se de processos mais rápidos de velocidade e vidas mais fúteis precisa-se comprar precisa-se vender de propagandas de gente bonita de maquiagem precisa-se de carros e gasolina poços de petroleo mais energia e mais e mais e mais, mais rápido.
Precisa-se...
E vão sempre precisar de mais.
13 de setembro de 2007
Dias de Chuva.
Em que a agua cai e parece que vai levando algo de nós.
Olhe a agua corrente,
ela passa e vai.
Assim como a vida, e as coisas da vida.
Sempre em frente, tudo passa e vai.
Ficando tempo bastante para ser observado.
Amores, sorrisos, momentos...
Passam e vão.
Mas não sejamos pessimistas.
As dores,
passam e vão.
E cada dia mais lembranças, dia após dia.
E tem muito mais pela frente.
E no peito um vazio estranho, e as vezes um conforto.
Por saber que por mais que chova,
Algo novo sempre haverá para a chuva levar.