13 de janeiro de 2010

Eros é chama que arde sem se ver.

O Eros me alimenta,
me apetece,
me aquece e acaricia.
Mas nunca me basta.

Humano e carnal que é,
o vivo, mas não me concebo nele.
Apenas desfruto.
Como um brinquedo exótico para uma criança,
eu me divirto.

Longe de me completar,
Vocês o dão a mim e criam a ilusão de posse e constância.
Tolos.
Eros é chama. E apaga.

Eros é chama. E apaga.
Deve-te lembrar.

A incompletude em mim existe para sentimentos maiores.
Não se considere precipitadamente parte que me falta,
Por que em geral, você não o é.

O efêmero brilha-me os olhos.
Abre-me o sorriso e cria-me a risada.
Mas cansa-me, e cansa rápido.

No fim, não te aflijas.
Sentimentos não são como flores
(como repetem irrefletidamente os tolos).
Antes são como árvores, basta sim que se regue,
mas o crescimento nunca é assim tão rápido.

Pode te tornar parte de mim,
mas nunca te comportes como se o fosse antes que te tornes.

Um comentário:

Unknown disse...

Bean, meu amigo poeta! ;*